Perguntamos como a nossa bolha usa as redes sociais 💭
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Oi, !
A gente poderia começar esse e-mail com clichês como “as redes sociais vieram para ficar” ou “é difícil imaginar a nossa vida sem as redes sociais”. No último ano, essas verdades ficaram um pouco para trás. A exaustão, a ansiedade e campanhas como a que propõe filmes como O Dilema das Redes têm um pouco a ver com isso. Mas acabamos descobrindo que tem muito mais.
Nós, da Lavanda Digital, que trabalhamos com redes sociais, também estamos diminuindo nossos tempos de tela e tentando dar um uso mais saudável aos conteúdos que a gente produz e consome. Por isso, a nossa impressão de que o Instagram estava dando sinais de cansaço ou que o Facebook morreu não era suficiente.

Circulamos, em fevereiro, um formulário para os nossos amigos e grupos de WhatsApp e conseguimos dar um passo mais fundo nessa busca. A pesquisa completa está em anexo, se você quiser mergulhar com a gente nesse tema. Partimos de um público particular, que vamos chamar aqui de "nossa bolha", mas acreditamos que ela aponta algumas tendências importantes na nossa área. Abaixo, os principais insights:
Quem são essas pessoas?
Nós recorremos a uma bolha, a nossa rede, composta, em sua maioria, por mulheres de 31 a 40 anos. Em geral, pessoas com ensino superior completo, imersas na comunicação, na publicidade e em conteúdo no ambiente digital. Confiamos nessas pessoas porque elas têm comportamentos que costumam se confirmar em pouco tempo. Gente que entrou Twitter quando ainda era SMS e que passou um tempo tentando entender a diferença entre Facebook e Orkut. São as pessoas adultas que já dominam o TikTok e o Twitch.
Enfim, essa bolha.

As redes mais usadas
- O Instagram e o WhatsApp estão na frente, mas o LinkedIn surpreende, coladinho com o Facebook no 3º lugar.
- Abram alas para o TikTok e para o Twitch! Eles são mais do que o joguinho que só seu primo de 8 anos entende.

O Conteúdo
Nossos entrevistados usam as redes como espaço de informação. Sim, mesmo com as crises de fake news. Ainda é ali que se consome notícia.

Os temas favoritos
Notícias, entretenimento, política, comédia, a rotina de influencers, páginas profissionais, esportes. Os feeds são diversificados.

O quão precioso é o seu tempo?
Mais da metade dos entrevistados usa as redes sociais por entre 1h a 3h por dia. Um terço do grupo supera as 3h diárias no feed.
Ainda assim, é real a missão de passar menos tempo na rede. Mas aí vem a sensação de estar perdendo alguma coisa. O fear of missing out está presente para 65% desse nosso público. Será que estamos viciados em não perder nada? De quantas horas precisamos para saber de TUDO? O que seria da sua vida sem Instagram e WhatsApp?

O que você não quer ver de jeito nenhum?
Propaganda forçada, políticos fazendo pouco caso da pandemia, violência, fake news, corpos e vidas ideais (e inalcançáveis), positividade tóxica, overposting.

Por que continuar conectado?
Apesar de tantas dificuldades, conteúdos estranhos e aquela vontade de jogar tudo para o alto, as redes sociais ainda têm um papel importante no nosso dia-a-dia (esse clichê foi sem querer).

Foi bonito ver como essas plataformas ainda são muito importantes para essa necessidade que a gente tem de se conectar. Um jeito de estar perto em um momento tão tão difícil. Aqui, algumas respostas à nossa pergunta “Por que você não sai das redes”:
É lá que me conecto com meus amigos
Pq são as que funcionam como meio de comunicação com as outras pessoas
Contato com amigos e família na pandemia
Porque através do WhatsApp posso conversar com meus filhos, quando eles estão em outros lugares.
Minha família toda vive em diferentes cidades e atualmente o WhatsApp tem sido nosso principal meio de contato
É meu principal meio de interação social durante a pandemia
E a saúde mental?
A qualidade do conteúdo presente nas nossas conexões pode ser um gatilho para ansiedade e depressão (procure ajuda!). É muito conteúdo digno de unfollow ou de denúncia mesmo. A vontade de desistir, segundo os nossos entrevistados, está muito no Facebook, no Instagram e no Twitter.

Quando perguntamos os motivos para sair das redes, vieram algumas verdades difíceis de ler:
É a forma mais clara de perceber que existe gente muito ruim no mundo.
Gera ansiedade. Pois a impressão que passa é que está todo mundo fazendo alguma coisa interessante e só você não.
É uma rede que aumenta a sensação de competição.
Porque você vê o lado ruim das pessoas que vc gosta (ou gostava)
Porque me incentivam ao consumo, porque me induzem a comparação, porque acho inadequadas para debates e isso gera ansiedade, porque as pessoas se sentem livres para desrespeitarem.
A rotina já causa muita ansiedade pra piorar vendo a vida refeita é irreal de outras pessoas. Eu filtro esses perfis. Prefiro ver notícias, pessoas que me inspiram, moda e humor.
Nossa conclusão
Ficamos satisfeitas ao perceber que nem só de "oi, meninas, use meu código na loja x e tenha um corpo perfeito" vive esse ambiente. E que, nem de longe, esse é o tipo de conteúdo que as pessoas querem consumir. Nós estamos nas redes sociais pela conexão. Para estar sempre perto de quem está longe. Essa necessidade só aumentou no último ano e continua à medida em que vamos criando novas formas de nos relacionarmos.
Enquanto produtoras de conteúdo para empresas, isso só reforça a nossa necessidade de pensar em cada usuário que vê o que a gente produz nas redes sociais. No desejo genuíno e inato que o ser humano tem de se conectar com outras pessoas.
Depois de analisar todos esses dados, só nos sentimos mais e mais responsáveis por criar experiências agradáveis no meio desse rolar e rolar do feed. O que a gente publica impacta muito. A conexão é muito valiosa.
Beijos,
Ana Lopes e Thaís Cunha




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